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Elon Musk e a Censura no Brasil

Financiado pela Comunidade Criador Zen

Apenas uma pauta esteve em questão nessa ultima semana: Elon Musk, o cara por trás do X (Antigo Twitter), expõe um novo esquema de censura a mando de um juiz do Supremo Tribunal Federal. A denúncia é de que o Juiz demandava o bloqueio compulsório de contas de seus opositores políticos com demandas absurdas e vaidosas como, por exemplo, um prazo de 2 horas para que a plataforma obedecesse à ordem, caso contrário começaria a levar multas milionárias diárias. Independente de política, essa bomba explodiu e seu efeito poderá ser sentido em diversas áreas. Essa newsletter não é para falar de política, o que quero é: te fazer pensar em como isso afeta os criadores de conteúdo na internet.
Em meio a essa disputa entre Elon Musk e o Ministro Alexandre, existe uma pauta fundamental que toca a todos nós, criadores de conteúdo: A liberdade de expressão. Esse confronto não se trata apenas de divergências entre um Bilionário sul-africano e um juiz federal, mas sim de uma batalha crescente travada em todo o ocidente nos últimos anos. A batalha pela liberdade de expressão. Existe um enorme conflito de interesses entre aqueles que estão no poder e a população em geral. A internet mudou o jogo, e a narrativa oficial que antes, era facilmente controlada, hoje passa a ser constantemente desmascarada pela rede de informações descentralizadas e distribuídas. Uma ”mentirinha conveniente” não pode mais ser transmitida em um veículo tradicional de mídia sem passar pelo crivo da internet. Tudo o que antes se fazia escondido, é agora exposto. A mentira finalmente pode ser combatida pela verdade. E isso não é interessante para os que precisam da mentira para sobreviver. A liberdade de expressão é o pilar sobre o qual os criadores de conteúdo se apoiam na internet para explorar ideias, provocar discussões e, de certa forma, influenciar a opinião de pessoas que os acompanham. É através dessa liberdade que conseguimos nos conectar com pessoas que tem interesses semelhantes aos nossos e crescer uma base de audiência na internet.

Nossa perspectiva está sendo moldada à força, pelo medo de repressão ou da violação de regulamentações nebulosas e injustificáveis, o que pode comprometer nossa autenticidade e, consequentemente, limitar o impacto gerado na vida daqueles que merecem saber a verdade, aqueles que merecem conhecer a versão mais autêntica de nossa visão de mundo, nosso público.

 Quando a censura ou o medo da repressão entra em cena, podemos entrar em uma zona de conforto criativo, evitando temas que poderiam ser considerados controversos ou sensíveis. 

O problema é que a repressão nunca fica estática, ela avança em direção ao totalitarismo e os limites de o que pode ser falado abertamente na internet aumentam cada vez mais.

Me lembro de quando li pela primeira vez o livro 1984 de George Orwell. Um dos momentos que mais me marcaram da história, foi quando Orwell introduziu o conceito de polícia do pensamento. Todo pensamento é rigorosamente controlado pelo Estado. 

Semelhante ao temor de uma sociedade vigilante e repressiva imaginada por Orwell, a disputa atual faz com que os criadores de conteúdo tenham que evitar palavras, termos, temas e opiniões devido ao medo da punição.

Isso não acontece apenas ao nível jurídico, a censura começa nos próprios termos das plataformas. 

Eis o fluxo:

Fase 1: Tudo começa com os criadores de conteúdo, eles percebem que na internet, podem se expressar, compartilhar sua visão de mundo, expor os fatos e falar livremente para uma audiência. 

Fase 2: O público, por sua vez, mais esclarecido e com acesso à informação descentralizada e distribuída, começa a tomar decisões melhores, evitar e boicotar aquelas empresas, veículos de comunicação ou políticos que não agem conforme seus valores. 

Fase 3: Esses poderosos, insatisfeitos com o resultado do esclarecimento da população, pressionam as plataformas para modificarem seus termos de uso. Marcas Milionárias ameaçam cortar seus patrocínios das plataformas que se recusarem a sufocar o discurso lá dentro Fase 4: Caso o criador de conteúdo não siga a cartilha e continue falando sobre temas que não interessam ao establishment, as plataformas aplicam punições como: corte de alcance no algoritmo, desmonetização parcial ou total, vídeos derrubados ou, até mesmo, contas derrubadas. Fase 5: Os criadores que quiserem manter seu negócio financeiramente viável começam a moldar seu discurso para agradar o algoritmo. Fase 6: O Público volta ao estado de alienação que interessa aos poderosos. Esse processo é predatório e ignora a liberdade de expressão como um direito fundamental. ‘Ah, mas liberdade de expressão não significa liberdade de cometer crimes Abraham” Sim! Significa sim! Existe um pensador chamado voltaire que um dia disse ”Posso não concordar com nenhuma das palavras que dizes, mas defenderei até a morte teu direito de dizê-las” As pessoas realmente acreditam que se “for por uma boa causa”, alguém pode ser calado, roubado e preso pelo terrível crime de FALAR o que pensa. Mas elas ignoram um fato: Não existe sequer um ser humano capaz de julgar o que é a “verdade absoluta”. A própria ciência se refuta por diversas vezes ao longo do tempo enquanto novos elementos de argumentação começam a surgir. Logo, qualquer forma de privação da fala de outrem é, em sua essência, CENSURA! A mentira se combate com a exposição da verdade. Entregar a uma pessoa o poder de dizer o que é a verdade e calar a outra é presumir que o sujeito que julga tenha a sabedoria absoluta de deus encarnada em um ser humano. ”Ah, mas e se aquela fala for criminosa”?  Bom… Isso significa que aquele que deferiu a fala deve ser devidamente julgado e responsabilizado por aquilo POSTERIORMENTE, não previamente. Ninguém sairá impune, cada um deve responder pelos seus atos, mas impedir um sujeito de dizer o que se pensa ANTES MESMO que se diga, é censura. Não existe outro nome. Agora corremos o risco de o X sair do Brasil. Percebe o que está em jogo? A partir do momento que uma plataforma sai do ar no país inteiro, isso afeta todos os criadores de conteúdo, independente de seu nicho ou seu posicionamento político. Estamos todos no mesmo barco. Então se você acha que está fora desse balaio, somente pelo fato de não criar conteúdo de cunho político, você está redondamente enganado. Mas calma, existe um jeito de tentar (pelo menos por enquanto), driblar todo esse sistema.

Fidelizar sua audiência: A melhor opção

A conquista de uma audiência fiel é a nossa maior arma contra as incertezas regulatórias e ameaças de censura. 

Diante da possibilidade do X deixar de operar no Brasil, a importância de construir uma comunidade engajada e dedicada é primordial.

Você já me viu falar várias vezes aqui sobre conteúdos que ressoem verdadeiramente com a sua audiência, independentemente da plataforma utilizada.

Essa é a única forma de, onde quer que você esteja, seja no YouTube, Instagram, X, Telegram ou Newsletters, sua audiência continue consumindo suas ideias.

Em tempos de instabilidade, esses seguidores se tornam nossos maiores defensores, garantindo que nossa voz continue a ser ouvida, mesmo quando as plataformas mudam.

O cenário digital está passando por diversas mudanças atualmente, com novas regras e regulamentações surgindo a todo momento. 

Isso talvez exija uma reavaliação das suas estratégias para se proteger.

Vou compartilhar a estratégia que eu utilizo como um plano de apoio para caso aconteça:

Diversifique sua audiência em várias plataformas

A diversificação de canais de comunicação é uma estratégia inteligente para minimizar riscos e maximizar o alcance. Em um cenário onde uma única plataforma pode ser subitamente restrita ou até mesmo banida, colocar todos os ovos na mesma cesta se torna um risco enorme para quem vive da criação de conteúdo. Não limite sua presença online a uma única plataforma. Cada rede social tem suas próprias normas, e seus próprios consumidores. Instagram, YouTube e Telegram, por exemplo, oferecem diferentes formatos de conteúdo que podem ser explorados para alcançar audiências variadas. O mesmo conteúdo postado no YouTube, pode ser remodelado em um formato menor para o Instagram, assim como pode gerar debates no Telegram. Mostre para a sua audiência que eles podem te encontrar em outros lugares! – Crie uma NEWSLETTER: Já cansei de falar da importância da newsletter. Se você ainda não assistiu ao vídeo que fiz a respeito desse modelo de negócios, basta Clicar Aqui. A newsletter é um canal exclusivo e pessoal, portanto, menos suscetível a algoritmos e mudanças de políticas como as plataformas de mídia social. – Transforme sua Newsletter em Blog: Ter um blog com o conteúdo da sua newsletter te dá controle total sobre tudo que é publicado. Além disso, funciona como um ponto central para reunir seu trabalho e facilitar que sua audiência o encontre, independentemente das mudanças nas redes sociais. Bom, essa é a estratégia que utilizo para tentar diminuir os danos, caso uma eventual decisão judicial tire alguma plataforma do ar nos próximos capítulos dessa novela. – Te vejo em breve, Abraham.
Quando sentir que é o momento posso te ajudar a ter resultados na internet através da comunidade Criador Zen : Torne-se um criador de valor na internet e aprenda a criar conteúdos interessantes, construir audiência, e monetizar essa audiência.