Escolher uma profissão com 18 e se especializar para começar a exercê-la com 23 ou 25, é o mesmo que tentar decidir hoje, o destino de vida de uma pessoa que ainda nem existe. É por isso que, a maioria das pessoas começa uma faculdade super empenhada, e no final já está de saco cheio, fazendo aquilo como um fardo que já não pode mais ser abandonado. Afinal, muito tempo e energia foram investidos naquele diploma para simplesmente parar no meio do caminho. Agora, se você perdeu o interesse por aquilo durante os 5 anos de faculdade, o que vai acontecer quando você perceber que, ao pegar o diploma, o destino que te aguarda é passar o resto da sua vida fazendo aquilo durante 8 ou 10 horas por dia?  Não me surpreende saber que metade das pessoas com diploma está fora da área de formação. A chegada da inteligência artificial mudou o mundo para sempre. É claro que grandes especialistas em determinadas áreas como medicina, engenharia, e ciência não precisam se preocupar em serem substituídos pela máquina tão cedo. Mas esses grandes profissionais não chegaram nesse nível por acidente. Eles têm interesse genuíno pela profissão e conseguem se destacar por pura vocação e interesse genuíno em se desenvolver nessas áreas. Mas o que dizer sobre os milhares de médicos, engenheiros e cientistas que se formaram só pelo diploma? Aqueles que não tem o fogo da profissão aceso, mas a exercem pelo simples fato de pagar as contas? Sem interesse genuíno em algo, a única coisa que te resta é a mediocridade.  Não estamos na terra apenas para sermos uma peça na engrenagem do sistema, focados em um único interesse o resto da vida. Somos polímatas por natureza. Polímatas são pessoas que não se prendem a uma única área de conhecimento e se dedicam a explorar diferentes oportunidades. Certamente, você já ouviu o ditado “Quem sabe um pouco de tudo, não sabe de nada”.  Isso depende:

Não é necessário ser um especialista para ser competente em algo.

mas…

Se você desiste antes de ser bom naquela área, isso é um problema.

Se você pula de hobby em hobby, de negócio em negócio, de oportunidade em oportunidade, é um sinal de que você sofre da síndrome do objeto brilhante. Isso vai te travar na vida porque você não se dá o devido tempo para se tornar relativamente bom em cada uma daquelas áreas. Por outro lado, quando você dedica uma quantidade significativa de tempo e esforço em qualquer assunto de seu interesse, o que acontece é que você começa a acumular uma gama de habilidades distintas. Você pode não ser um especialista em todas elas, mas o fato de ter certo nível de consciência a respeito de muitas, permite com que você seja capaz de criar sinapses cognitivas entre elas, enxergar as coisas por uma visão macro, e criar coisas novas através dos pontos que conectou entre essas habilidades. Não sou graduado em letras e nunca lancei um livro. Mas com os conhecimentos que tenho, consigo desempenhar bem, e de forma prática, a função de escrever textos e roteiros. Por que consigo manter as pessoas vidradas nos meus vídeos?  Existem muitos fatores, mas sem sombra de dúvidas, o roteiro é o principal.  Só consigo criar esse tipo de roteiro porque dediquei uma quantidade significativa de tempo aprendendo e escrevendo sobre diversos temas. Quanto mais eu faço isso, maior se torna a gama de assuntos disponíveis em meu repertório para criar pontos de vista únicos.