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Se você deseja crescer na internet, essa frase deve estar o tempo todo na sua mente. Hoje vou te explicar como lidar com haters. Seja bem-vindo ao Terça Business, sua newsletter semanal com dicas, estratégias e recursos para criar e monetizar um negócio online através da profissão de criador de conteúdo. |
Há algumas semanas publiquei um vídeo com críticas incisivas a respeito do lançamento que Daniel Penin fez recentemente.
O Vídeo já pegou quase 700Mil views, e o motivo é bem simples. Eu falei tudo o que as pessoas pensavam.
Apesar de não ter sido o objetivo do vídeo, ele foi responsável por gerar uma chuva de haters que fizeram com que o Daniel desse uma pausa no canal dele.
Eu tinha certeza que ele me teria como um inimigo depois disso, mas não foi o que aconteceu.
O Daniel reconheceu seus erros e me ligou demonstrando vontade genuína de começar a fazer as coisas do jeito certo.
Para a minha surpresa, ele não me viu como um inimigo, mas como alguém que poderia ajudá-lo a enxergar seus pontos cegos.
O resultado? Estou agora prestando uma consultoria e mostrando a ele como funciona minha filosofia de negócios: gerar valor sem promessas mirabolantes e ser bem remunerado por isso.
Mostrei para ele a ideia inicial de um vídeo que eu estava desenvolvendo sobre um dos maiores brasileiros de todos os tempos: Dr.Enéas.
Ele achou a ideia genial e se empolgou com a pesquisa e roteiro.
Ao final do dia de trabalho vim para o hotel descansar e para a minha surpresa, quando cheguei na empresa no dia seguinte, ele ainda estava lá, com a mesma roupa do dia anterior, com uma cara de louco e um brilho nos olhos.
Ele havia passado a noite trabalhando em ideias para o roteiro do meu vídeo.
Com uma contribuição dessa magnitude, minha reação imediata foi convidá-lo para fazer uma participação no vídeo. Isso vai obviamente gerar dois tipos de resultado:
1) A parte da audiência do Daneil que ainda gosta dele vai conhecer meu canal e consequentemente se tornar minha audiência também
2) Nem tudo são flores, ele é um cara recém-cancelado na internet, obviamente vou começar (inclusive já comecei) a ser bombardeado pelos haters dele.
Talvez você esteja pensando, ”mas porque correr esse risco?”
Resumindo muito, se você age com base no medo, sempre irá tomar as piores decisões. Se você tem caráter, integridade e honestidade em seu trabalho, não deve temer canceladores, tem de fazer o que seu coração mandar.
Mas existem outras variáveis a serem consideradas, é isso que te explico no artigo do Terça Business de hoje.
Essa é uma frase que me marcou há alguns anos. Naquela época (2015) eu estava começando a receber minhas primeiras críticas no meu canal de produção musical no YouTube.
Como não estava acostumado com isso, pensei que estivesse cometendo erros e comecei a me cobrar perfeição.
Meu sócio percebeu o quanto aquilo estava me afetando e me disse algo como:
”Rodrigo, relaxa cara, você está no caminho certo, as pessoas só não te criticavam antes porque você não se destacava”
No instante em que ele me disse isso, percebi o que estava acontecendo. Eu estava deixando de ser um Underdog
Esse termo da língua inglesa poderia ser traduzido como “azarão”, alguém com menores chances de sucesso ou que é considerado inferior em comparação aos seus concorrentes.
No contexto daquele meu primeiro canal de YouTube, eu era o underdog no começo.
Poucos conheciam meu trabalho, e as expectativas sobre o que eu poderia alcançar eram baixas. Essa posição, paradoxalmente, me dava uma certa liberdade criativa e menos pressão.
À medida que meu canal começou a crescer, a percepção das pessoas sobre mim e meu trabalho começou a mudar.
Eu não era mais o azarão; agora era visto como uma ameaça para alguns.
Com essa mudança, veio também um aumento nas críticas, independente do tema ou do conteúdo dos vídeos. Sempre haviam alguns comentários frustrados encontrando defeitos.
O que meu sócio estava tentando me fazer entender era que o aumento das críticas era, de certa forma, um sinal de sucesso.
Eu estava sendo notado, e com isso, inevitavelmente, vinham opiniões divergentes.
O que na época eu não entendia era que os comentários negativos não refletiam a qualidade do meu trabalho, mas sim, a insatisfação de algumas pessoas com elas mesmas.
Nunca é fácil para alguém que te acompanha desde o início ver você se distanciando, pois isso evidencia que essa pessoa poderia estar crescendo, mas continuou parada no mesmo lugar.
Seu sucesso se torna uma ofensa ao ego daqueles que gostariam de estar colhendo seus resultados, sabem que tinham o potencial para isso, mas optaram por não pagar o preço que você pagou para estar lá.
Esse é um padrão recorrente na vida de todos que se propõe a trabalhar duro e fazer o que for necessário para alcançar seus objetivos.
Quem faz isso com consistência, um dia, não importa o quanto demore, vai acabar encontrando o caminho.
É nesse momento que começam os comentários do tipo:
”Que sorte ele deu”
”Agora que cresceu ficou egocêntrico’
”Esse cara é um pilantra”
Alguns anos mais tarde comecei o canal Abraham. Também do zero, sem investimento, já que havia acabado de perder quase todo o patrimônio que construí no meu último Business.
A única coisa que jogava ao meu favor era a experiência acumulada em quase uma década trabalhando na internet.
Isso, é claro, chamou a atenção do público de imediato. A qualidade dos vídeos estava muito avançada para um canal de 0 inscritos.
Tudo o que as pessoas enxergavam eram documentários bem produzidos, meus incontáveis finais de semana trabalhando, em troca de migalhas do Youtube.
Poucos seguidores, poucas visualizações, e aquele sentimento era basicamente coletivo: As pessoas valorizavam minha perseverança, e sabiam que eu estava ali, dando tudo de mim para ser relevante na internet.
Todos me apoiaram fervorosamente.
Então as pessoas começaram a se inscrever e engajar nos meus vídeos, realmente querendo apoiar o canal.
O que eu mais lia na seção dos comentários, eram comentários de pessoas desejando que o meu canal chegasse logo aos primeiros 100mil inscritos, alguns perguntavam: “Como esse canal não tem 1 milhão de inscritos ainda?”
Foi quando meu vídeo sobre a Blaze caiu e o Daniel Penin conseguiu surfar aquele Hype que o canal de fato explodiu. BOOM! 60 Mil novos inscritos em uma semana!
Finalmente, o projeto Abraham estava conquistando patamares maiores! Mas algo mudou.
De repente comecei a notar alguns comentários dizendo:
”Deu sorte! Se não fosse o negócio da Blaze não teria crescido”
E a medida em que o canal conquistava mais relevância, mais frequentes se tornavam as alfinetadas.
Percebi claramente a transformação na atitude daquelas mesmas pessoas que há apenas alguns meses, me apoiavam.
Começaram a me tratar de maneira diferente, como se eu já não fosse mais parte deles, e que já não entendia mais as dores que passavam. Para alguns, eu tinha me tornado “grande demais”.
De repente, passei de um ”Um cara comum lutando pelos seus sonhos (underdog)”, para alguém que já não se encaixava mais nos padrões aceitos por aqueles que continuaram parados no mesmo lugar.
Eu senti a transição de ser alguém por quem as pessoas torcem, para alguém que se torna alvo de ataques. “Mais um coach, mais um vendedor de curso, mais um arrogante… Com o ego inflado.”
Se você está firme em seu propósito de crescer na internet, quero que esteja preparado para o que está por vir.
Vai chegar o momento em que as críticas serão direcionadas a você também. O ódio não é algo que deve ser evitado. Na verdade, é um requisito para o sucesso.
Quanto maior o sucesso, maior a legião de haters que, em busca de atenção, farão de tudo para questionar seu caráter, suas palavras e ações.
Entenda que, a maioria da sua audiência sempre será silenciosa, consumirá seus conteúdos e, com tranquilidade e passividade, absorverá o que você entrega de melhor.
Muitos dos seus seguidores não fazem questão de externalizar seu apreço pelo valor que recebeu de você, mas os haters? Estes fazem questão de externalizar e fazer barulho.
A sensação que você tem de estar sendo odiado pelo seu público, na maioria das vezes se dá porque uma minoria de odiadores sempre fará mais barulho do que a maioria de apoiadores.
Te vejo em breve.
– Abraham