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Não tente ser original: ''Roube''

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Se você já está criando conteúdo para a internet, com certeza se sente pressionado o tempo todo a criar algo original.

Mas e se eu te disser que não existe conteúdo 100% original? 

Espera, vou mais além. E se eu te disser que não existe nada 100% original no mundo?

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🗓 ️Abraham News

☎️ A Ligação de Milhõe$

Nem sei se eu poderia expor isso aqui por questões contratuais, mas acho necessário que alguém o faça.

Na semana passada recebi uma ligação do meu gerente do YouTube com uma proposta de aumentar (muito) meus ganhos financeiros com Adsense.

– Eu: Legal! Como Funciona?

– Ele: Você está em frente ao computador?

– Eu: Sim

– Ele: Basta Clicar aqui, depois ali, ativar a opcão X e pronto, seu canal vai começar a gerar muito mais receita.

– Eu: Mas o que muda?

– Ele: Ah, coisa boba, agora vão passar anúncios de casas de apostas e bebidas alcoólicas também.

– Eu: Então não, obrigado.

– Ele: Mas por quê? Não tem vínculo nenhum com o criador de conteúdo, você vai ganhar muito mais $$, tá todo mundo fazendo.

Sabe o que foi bizarro? Ver a reação incrédula dele depois que recusei.

Ou seja, fui provavelmente o primeiro a recusar a tal ”proposta”.

Então, a partir de agora, vai começar uma epidemia de anúncios lixão aparecendo na sua tela.

Sempre que você, seu filho pequeno, ou sua filha adolescente forem expostos a esse lixo, quero que você saiba que o dono do canal tomou a decisão consciente em ser um propagador desse vírus para colocar um pouco mais de dinheiro no bolso.

Não quero ser moralista e entendo que algumas pessoas pensam ”Joga quem quer”, ”bebe quem quer”.

Talvez eu seja o errado nessa história, mas fato é que vejo esse tipo de ”produto” como um vírus sendo propagado no mundo e não quero ser um agente propagador desse vírus. 

Não tente ser original: ''Roube''

Se você já está criando conteúdo para a internet, com certeza se sente pressionado o tempo todo a criar algo original.

Mas e se eu te disser que não existe conteúdo 100% original? 

Espera, vou mais além.

E se eu te disser que não existe nada 100% original no mundo?

Sabe seus maiores ídolos? Os grandes criadores de conteúdo, cientistas, pensadores e grandes artistas?  Eles também não são originais. Suas músicas, ideias, e até suas personalidades tem um toque de algo já visto. 

Nem mesmo fisicamente. Todos nós somos uma mistura genética dos nossos pais.

Nossa mente? É uma mistura de tudo que já vivemos, dos livros que já lemos, dos filmes que assistimos e de todas as conversas que já tivemos. 

Somos basicamente uma colagem de todas essas experiências.

A gente rouba um pouco de cada coisa que passou pela nossa vida e cria algo novo para compartilhar.

No livro ”Roube como um Artista”, – Austin Kleon nos apresenta uma perspectiva libertadora:

A de que criatividade é, na verdade, uma mistura de influências e inspirações.

A ORIGINALIDADE É UM MITO

A busca por conteúdo 100% original é uma das maiores armadilhas para qualquer criador. 

Isso pode soar estranho, afinal, como você se destaca se não tiver algo novo para mostrar para sua audiência? 

A resposta é simples: ”Novo” não significa ”Original”.

Pense nos grandes nomes da história, da arte à ciência, todos eles aprenderam e se inspiraram nos trabalhos de outros.

Shakespeare, um dos maiores escritores de todos os tempos, adaptava histórias já conhecidas em suas peças teatrais. 

Steve Jobs, cofundador da Apple, disse: “Bons artistas copiam, grandes artistas roubam.”

O que Jobs queria dizer, é que a verdadeira criatividade vem da habilidade de pegar algo existente e transformá-lo em algo novo.

SE INSPIRAR É CRIAR

Quando você se permite ser influenciado por várias fontes, novos tipos de conteúdo surgem. 

Imagine que você tem um canal de tecnologia; assistir a outros canais pode inspirar um novo formato de vídeo ou um novo modo de criar conteúdo para seu público. 

Ou talvez você seja um escritor.

Ler diversos gêneros pode te ajudar a desenvolver um texto único. 

A originalidade surge de como você combina suas múltiplas inspirações para criar algo único.

Para quem já me segue há mais tempo, sabe que antes de criar o canal Abraham eu era produtor musical.

Por mais que meu projeto tivesse um estilo próprio de eletrônica, eu buscava inspiração de diversos outros estilos musicais, como rock, MPB, jazz, blues, etc.

O resultado dessa busca não poderia ser outro: sempre que eu produzia uma música, por mais que fosse um remix (uma música modificada por outra pessoa ou pelo próprio produtor), ela soava original, porque aquele som era uma mistura de tudo o que eu consumia e me inspirava no dia a dia.

Mas não adianta apenas copiar, mudar uma coisinha ali, tentar ser espertinho e pronto. 

É necessário aprender a ”roubar” de forma produtiva.

COMO "ROUBAR" DE FORMA PRODUTIVA

”Roubar como um artista” não é plagiar, mas se inspirar em grandes ideias, e então transformá-las adicionando seu toque pessoal. 

Quanto mais pessoas você roubar, mais original você será. 

Existem alguns passos para quem quer roubar conteúdo como um artista:

1) Diversifique suas fontes de inspiração. Não se limite a uma única pessoa, gênero ou canal.

2) Anote as ideias que o inspiram. Eu tenho um grupo comigo mesmo no WhatsApp, onde anoto ideias, notícias, e qualquer tipo de conteúdo que chama minha atenção.

3) Faça conexões. Tente ligar duas ou mais ideias para encontrar algo inovador. Eu chamo essas conexões de Jornada Imaginativa, e inclusive isso será tema de uma aula do Desafio que estou preparando para minha audiência.

4) Se for copiar uma parte, copie com ética. Sempre dê crédito quando for diretamente inspirado por alguém e evite cópias diretas. É vergonhoso copiar e ser desmascarado.

A ARTE DE SER ORIGINALMENTE INSPIRADO...

Como criadores de conteúdo, nosso maior ativo é nossa capacidade de ver conexões onde outros não veem. 

Ao abraçar as influências ao seu redor e colocar sua perspectiva única em um conteúdo, você alcança uma forma de originalidade genuína, e também se conecta com sua audiência. 

Afinal de contas, é isso que seu público quer, sua visão sobre determinada coisa.

O importante não é o conteúdo em si, mas sim a maneira como apresentamos esse conteúdo para o mundo, nos baseando em nossa perspectiva única sobre aquele assunto.

E aqui vai uma boa notícia: mesmo que você tente copiar um formato de criação de conteúdo de outra pessoa, quase sempre você vai criar algo original.

A não ser que você esteja plagiando palavra por palavra do roteiro de alguém, por mais que você se esforce para emular outro criador de conteúdo, nunca alcançará o mesmo resultado. 

Você é único, e tem pensamentos e percepções próprias sobre o mundo.

Sua personalidade é única e, mesmo ao tentar criar algo muito parecido com o trabalho de outro, inevitavelmente acabará criando seu próprio estilo. 

Isso é maravilhoso!

A partir daí, você pode identificar o seu formato, seus assuntos, e explorar exatamente essas partes em que você falha copiando suas inspirações. 

Essa é a sua oportunidade de oferecer algo único ao mundo, algo que só você é capaz de fazer.

Como já disse aqui outras vezes, ninguém é melhor do que você, em ser você mesmo.

Então, da próxima vez que você se sentir pressionado a ser 100% original, lembre-se que sua verdadeira originalidade está na maneira como você interpreta e reinventa seus conteúdos.

– Te vejo em breve,

Abraham

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