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O Algoritmo Não é Seu Amigo | Tire Vantagem Disso  

Financiado pela Comunidade Criador Zen

O Algoritmo não é seu amigo! Aceite isso o quanto antes, saia da Disney e entenda que a única forma de prosperar no jogo da internet é entender como o jogo funciona, quem são os jogadores e como vence-los. Seja bem vindo ao Terça Business, sua newsletter semanal com dicas, estratégias e recursos para criar e monetizar um negócio online através da profissão de criador de conteúdo.

🗓 ️Abraham News 

Na semana passada criei um novo canal mais focado em negócios, o conteúdo nem sempre é o mesmo, mas é baseado nos artigos que escrevo para o terça Business. 

Para a minha surpresa o canal já está praticamente monetizado em sua primeira semana de existência. 

Esse é o poder que uma audiência te proporciona!

Com uma mera ”menção” em um e-mail, você é capaz de migrar a atenção das pessoas que te acompanham para construir o novo projeto com muito mais facilidade.

O objetivo desse canal não é ficar gigante e conquistar 1M de inscritos, pelo contrário, o objetivo é fazer as coisas da forma mais simples e menos trabalhosa possível, tanto é que eu treinei um clone de I.A para não precisar ter o trabalho de gravar os vídeos. 

Estou curtindo a experiência de ter um canal mais leve, sem uma super produção, onde minhas idéias são o atrativo principal. Se ainda não está acompanhando, se inscreva lá.

O Algoritmo Não é Seu Amigo | Tire Vantagem Disso 

''Conhecimento é Poder''

Essa é uma verdade que aprendemos com a vida.

Quando o assunto é crescer na internet, a coisa não é diferente, só que aqui o poder está nas mãos de quem conhece a relação entre o algoritmo e os players do mercado. 

Porque quase todo mundo que tenta criar conteúdo na internet acaba quebrando a cara, tendo poucas visualizações e desistindo de tentar? 

Na minha visão, o maior erro dessas pessoas é acreditar que o algoritmo está lá para servi-los ou descartá-los.

Eles acreditam que podem cair nas graças do algoritmo viralizando da noite para o dia, ou que podem simplesmente ser ignorados, independente da qualidade do conteúdo que criam. 

Enxergar o jogo da internet por este ponto de vista é um erro. É como tentar vencer um campeonato de xadrez contra diversos jogadores profissionais sem ao menos conhecer as regras do jogo.

 Mas como entender o algoritmo, se ninguém tem acesso ao código e as próprias empresas fazem questão de esconder de nós meros mortais?

Como podemos utilizá-lo para nos diferenciar da manada?

 A resposta não é fácil, mas é simples.

Não podemos saber exatamente como o algoritmo opera, mas podemos entender as interações que estão por trás dele.

Saber como funciona essa dinâmica, é o mais perto que conseguimos chegar de decifrar o famoso algoritmo e usá-lo para vencer o jogo da atenção na internet.

Em 2017 quando eu comecei a sentir o cheirinho da prosperidade no meu antigo negócio, senti que era hora de sair do meu quarto e convidei meu sócio para montarmos um estúdio profissional.

 

Obviamente eu não fazia ideia de como projetar um estúdio, então contratamos um arquiteto especializado em projetos acústicos. Havia uma dinâmica estabelecida entre duas partes: Nós, os Clientes, e o Especialista (Arquiteto).  Nesse jogo as duas partes têm interesses praticamente opostos. O Cliente tem o interesse em minimizar os custos maximizando os resultados do projeto. Por outro lado, o especialista (Arquiteto) tem o interesse em maximizar seus ganhos, não só através de honorários, mas pela escolha (provavelmente comissionada) de materiais, profissionais, e soluções que possam aumentar seu lucro. Para o especialista, um projeto mais complexo e caro significa mais dinheiro, e maiores oportunidades de exibir seu portfólio. Ou seja, não existe qualquer incentivo para que ele diminua os custos. Há aqui, portanto, uma assimetria de interesses entre cliente e especialista. Eu, como cliente, não tinha o conhecimento técnico para avaliar todas as sugestões do arquiteto ou entender a necessidade dos materiais que ele propunha. Isso abre uma perigosa margem para que o arquiteto influencie nossa dinâmica em favor de seus próprios interesses, que no caso, eram contrários aos meus. Me lembro como se fosse ontem. Naquela época, depois de muitos meses no vermelho, eu e meu sócio já estávamos faturando o suficiente para conseguir pagar todas as contas e ainda fazer uma pequena reserva mensal. Tudo o que tínhamos conseguido juntar em 2 anos, empreendendo na internet, eram R$50.000. Decidimos então dizer ao arquiteto que o orçamento disponível para a execução do projeto seria entre R$10.000 e R$15.000 (Vai vendo rs). Ciente desse orçamento limitado ele nos apresentou um projeto inicial. Mas à medida em que a obra avançava, ele começou a sugerir melhorias e acréscimos que, segundo ele, eram essenciais para a execução daquele estúdio. O que você acha que aconteceu? Obviamente aquilo não me custou R$10.000. No fim, o valor total investido naquele estúdio foi de R$44.000. Praticamente tudo o que havíamos conseguido guardar nos últimos anos. Você consegue notar o que aconteceu aqui para que eu saísse prejudicado? Veja bem, temos 2 players nesse jogo: Cliente e Especialista, ambos em um cabo de guerra para favorecer seus próprios interesses.
Qual foi o fator crucial que fez com que o especialista saísse vitorioso nessa história? Conhecimento! A assimetria de informações foi a variável chave que fez com que ele saísse em vantagem. Sem o conhecimento técnico, eu não podia julgar com precisão se todas as sugestões do arquiteto eram realmente necessárias ou se algumas delas eram mais voltadas para seus interesses pessoais do que para as minhas necessidades reais. Fiquei em uma encruzilhada: Confiar na expertise do especialista, correndo o risco de queimar dinheiro, ou questionar as recomendações e potencialmente comprometer a qualidade do meu projeto. 

As regras do jogo

Ninguém quer estar do lado desvantajoso do jogo, mas se você ainda não percebeu, meu caro amigo, como criador de conteúdo, você definitivamente está na posição mais frágil entre os 3 players envolvidos. 

Sim, no jogo da Internet temos 3, o que torna a coisa bem mais desafiadora, já que cada Player tem interesses próprios e vai fazer de tudo para maximizar seus ganhos pessoais. 

Funciona assim:

A moeda em circulação sendo negociada na internet é a atenção das pessoas. Essa moeda é transacionada por 3 tipos de players diferentes: (1) Plataformas, (2) Criadores de Conteúdo, e (3) Anunciantes. 

→ As plataformas fornecem o ambiente perfeito de aglomeração de usuários.

→ Os criadores geram o conteúdo responsável por reter a atenção desses usuários.

→ Os anunciantes compram essa atenção

Todos os players têm o mesmo objetivo primário, faturar. Mas para chegar nesse objetivo, cada um precisa levar vantagem em relação aos outros 2. As plataformas, têm o poder de controlar e influenciar as regras do jogo. Você acha que elas são suas amigas? Acha que elas querem o bem do criador de conteúdo? Não! Elas servem ao usuário, o detentor da atenção. Se for preciso mudar as regras do jogo, o criador de conteúdo deve se adequar, caso contrário ele perderá espaço para aqueles dispostos a fazê-lo. O objetivo número 1 das plataformas é manter a atenção das pessoas lá dentro enquanto mantém os anunciantes felizes. Os criadores de conteúdo, por sua vez, buscam capturar e manter a atenção dos usuários em seu próprio canal de comunicação. Quanto mais atenção eles conseguem reter, maiores são as chances de serem remunerados pelo trabalho. O problema aqui é o constante sentimento de incerteza e insegurança, já que as regras das plataformas podem mudar a qualquer momento, levando assim seus negócios por água abaixo. Eles dependem das plataformas para alcançar seu público, mas ao mesmo tempo, estão à mercê das políticas e algoritmos. Já os anunciantes, querem aproveitar essa atenção capturada pelos criadores de conteúdo para promover seus produtos. A questão é que eles são os compradores do produto que os outros dois players detém: a atenção.  Enquanto as plataformas e os criadores tentam vender atenção por dinheiro, os anunciantes já conquistaram o dinheiro antes mesmo de começarem a jogar o jogo, ou seja, estes são os players mais poderosos.  Imagine que você é dono de uma empresa de sapatos ecológicos e não quer associar sua imagem à caça esportiva. Como você é o cliente que compra o produto que as plataformas vendem, você pressiona aquela empresa a se adequar aos termos os quais se alinham com os valores de sua empresa. Afinal, o cliente tem sempre razão, certo? Quanto mais dinheiro o anunciante tem, maior é o seu poder de barganha para influenciar as políticas e diretrizes. Sabe o que isso significa?
Pois é. Esse é um print do vídeo que me deu mais trabalho para produzir na vida. ✅ 6 meses de pesquisa ✅ 2 meses de produção ❌ Monetização cortada no primeiro dia ❌ Restrição +18 e corte no alcance 1 mês depois Mesmo eu tendo certeza de que me certifiquei de seguir todas as políticas da plataforma, aparentemente o assunto não era do agrado de quem detinha o poder nessa relação.

Como CRIAR VANTAGEM

Para resolver esse problema, devemos nos proteger para nunca sermos pegos desprevenidos. Como criadores de conteúdo, é preciso entender que nem os anunciantes e nem as plataformas são nossos amiguinhos, liberte-se dessa ilusão. Assim como eles te usam para angariar a atenção do mercado, você deve usá-los para se alavancar financeiramente e durante o processo, fazer o possível para neutralizar a ameaça de ser deletado do jogo a qualquer momento. Aqui está o pior cenário que um criador de conteúdo pode enfrentar: 100% da sua receita vem de anúncios nas plataformas (adsense).  Neste cenário, se algo acontecer com a plataforma, seja um evento global, uma nova regulamentação do governo, ou até mesmo mudanças de políticas internas, você está fora do jogo e de volta à estaca zero. Devido à assimetria de informações na dinâmica entre Cliente e Especialista, as plataformas tomam decisões por conta própria, sem consultar individualmente os criadores, e você não pode prever de onde virá o golpe. Mas isso não significa que você não possa resolver esse problema em um nível fundamental. Existem dois pilares que devem ser protegidos a qualquer custo: sua audiência e sua receita. Aqui estão duas perguntas fundamentais que você deve se fazer: 01) O que acontece com minha receita se um evento destruir 100% (ou uma parte significativa) da monetização do meu canal/conta?  02) O que acontece com minha audiência se uma política aleatória prejudicar a estratégia do meu negócio? Se a resposta for “estou fora do jogo”, você (cliente) não está protegido contra a vantagem intrínseca das plataformas (Especialista), ou seja, está correndo um grande risco. Nesse cenário, você nunca sabe quando, ou se algo acontecerá para tirar você do jogo. Você está basicamente na mesma situação em que estive ao contratar aquele arquiteto em 2017. Se o projeto tivesse ficado um pouco mais caro teria sido minha ruína.  O instinto primário que a vida implica é a sobrevivência. Criadores, Anunciantes, Plataformas, estamos todos lutando para nos manter de pé. Mas as plataformas em especial são as únicas estáticas, imóveis, orbitando em torno de seu próprio eixo. Elas são incapazes de atuar fora do seu próprio ambiente. Pense em um criador de conteúdo. Ele não está preso ao tiktok, youtube ou instagram. Se uma plataforma não está gerando resultados proporcionais ao que ele almeja, basta começar a criar em outra. O mesmo é válido para os anunciantes, que podem migrar para a plataforma que os trouxer maior retorno sobre o investimento. Muitos criadores de conteúdo não percebem que o instinto básico da plataforma também é a sobrevivência, por isso, acabam caindo na falácia de que essas plataformas estão alinhadas com seus interesses. Meu amigo, internet é selva! Elas querem lucro acima de tudo. Espero não estar magoando seus sentimentos, mas é necessário que alguém te dê esse toque: quer prosperar na internet? Saia da Disney e venha para o mundo real. A boa notícia é que você também pode (e DEVE) começar a moldar sua estratégia para a sobrevivência. O mais importante é assegurar que ninguém possa te excluir do jogo. Para isso, existem três maneiras principais de evitar ser pego de surpresa: 01) Newsletters: Esta é, de longe, a melhor opção, pois você realmente possui uma audiência. Nenhuma plataforma pode tirar de você uma lista de e-mails, e você pode importá-la ou exportá-la facilmente de uma plataforma para outra. Se quiser entender melhor do que estou falando é só conferir o meu vídeo ”Newsletters | A Chave da Monetização da Internet” 02) Diversificar: Pulverize a atenção para outras plataformas para manter contato com sua audiência caso algo aconteça com sua conta principal. Dedique tempo para construir pelo menos uma segunda audiência ( Se você utiliza o YouTube como primária, por exemplo, pessoalmente, acho que Twitter e Telegram são as melhores opções, mas o Instagram também te trará alguma segurança). 03) Rede de Contatos: Construa uma rede forte com outros criadores no seu mercado ou em outros mercados, para que, se algo acontecer, você possa contar com o apoio deles e vice-versa.

Em Suma

01) O algoritmo NÃO é seu aliado. Nunca confie cegamente no ”especialista”. Você pode sofrer consequências enormes devido às ações de outros criadores de conteúdo, então é essencial ter sempre um plano alternativo. 

02) Depender exclusivamente de uma plataforma, significa que seu negócio pode desabar de 100 para 0 num piscar de olhos, literalmente, a qualquer momento. Se não for possível abandonar o papel de “cliente” nessa relação, é crucial minimizar os riscos tanto quanto possível.

Te vejo em breve

– Abraham

Quando sentir que é o momento existem 2 maneiras em que posso te ajudar: 01) PublicidadeDivulgue seu trabalho, canal, ou perfil para 45.000+ Leitores do Terça Business 02) Criador Zen : Torne-se um criador de valor na internet e aprenda a criar conteúdos interessantes, construir audiência, e monetizar essa audiência.