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Por que ainda tem gente tratando um e-mail como um número a mais na lista?
Alguns empreendedores digitais acham que “capturar leads” é só uma questão de quantidade, outros entenderam a essência: não basta colecionar contatos, é preciso cultivar relações.
Hoje vamos abordar este tema.
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🗓️ Abraham News
A Netflix que se Cuide
YouTube se aproxima da experiência Netflix e atinge novo patamar de audiência na TV
Enquanto alguns dizem que o streaming já saturou, o YouTube segue na contramão, alcançando $8,9 bilhões em receita publicitária no último trimestre – um salto de 12% comparado ao ano passado.
Mas o que chama atenção mesmo é o crescimento nas telas de TV, onde a plataforma começa a se posicionar de uma maneira inédita: nos últimos 12 meses, o número de criadores que ganham a maior parte da renda do YouTube com visualizações em TVs aumentou 30%.
Isso, somado ao avanço de 20% nos compromissos antecipados dos anunciantes, mostra que o YouTube está se consolidando nas salas de estar, dando uma nova cara ao consumo de conteúdo.
Com upgrades recentes que aproximam a interface de TV do YouTube à experiência Netflix, criadores como Michelle Khare e Rhett & Link estão puxando a audiência diretamente para a telona, gerando conteúdo que conecta e prende a atenção.
Com o total de $50 bilhões arrecadados em anúncios e assinaturas nos últimos quatro trimestres, o YouTube não apenas cresce – ele redefine o futuro da publicidade e da TV conectada.
Transforme Assinantes em Defensores da Sua Marca
Hoje em dia, capturar um e-mail não significa mais adicionar um número a uma lista.
Você vive uma era em que todos estão disputando a atenção dos mesmos assinantes, o jogo não é mais sobre acumular contatos, mas sim criar relacionamentos.
Relacionamentos que vão além do “obrigado pelo PDF” e se transformam em engajamento contínuo, em recomendações genuínas e, no melhor cenário, em defensores da sua marca.
Hoje quero compartilhar com você minha visão sobre o movimento atual das listas de e-mail.
O velho ‘’mail-marketing’’ de spam promocional está dando espaço ao que realmente importa: profundidade, inteligência e intenção.
O problema das “Iscas Digitais”
Vamos ser sinceros: quantas vezes você já se deparou com um pop-up genérico oferecendo uma recompensa aleatória em troca do seu e-mail?
Pode até ser que funcione para uma parte do público, mas se você quer construir algo relevante e duradouro, não pode oferecer uma ‘’Isca’’ digital.
Pense no termo ‘’Isca’’.
Ele vem do mundo da pesca, onde um pedaço de alimento é preso a um anzol para atrair peixes, que são capturados contra a sua vontade, feridos pela boca e puxados para fora da água, apenas para serem abatidos.
É uma prática que, no fim, fere e sacrifica a presa.
Se pararmos para pensar, muitas estratégias de e-mail marketing ainda seguem essa mesma lógica: atrair com uma promessa, capturar o contato, e, em seguida, disparar uma sequência de mensagens promocionais sem qualquer consideração pelo valor real.
Esse modelo já não se sustenta.
Hoje, a audiência quer ser respeitada e valorizada, não enganada.
Quando você oferece uma “isca” digital sem substância — um conteúdo vazio, um PDF genérico — você acaba replicando esse mesmo ciclo predatório.
A captura não é o fim em si mesma; na verdade, ela é só o começo de um relacionamento. E, como em qualquer relação, deve haver respeito, profundidade e um benefício mútuo.
A transformação vem quando deixamos de pensar na captação de e-mails como uma captura forçada e passamos a enxergar isso como uma oportunidade de conexão genuína.
Nesse novo modelo, o objetivo não é mais fisgar alguém à força, mas oferecer algo de valor que realmente beneficie o assinante.
É uma troca voluntária onde ambos saem ganhando.
Isso é o oposto de uma “isca” que leva ao abate; é uma ponte para um relacionamento que, se cultivado com cuidado, pode transformar cada assinante em um verdadeiro defensor da sua marca.
O que mais vemos são criadores disparando qualquer coisa, na esperança de que alguém, em algum lugar, clique.
Mas os assinantes já estão acostumados com essa onda de “bônus de baixa qualidade” — e estão saturados.
O que eles querem é valor tangível, algo que justifique o espaço que você vai ocupar na caixa de entrada deles.
Aquisição com Conteúdo de Verdade: A Qualidade Sempre Vence a Quantidade
Seu conteúdo tem que fazer mais do que preencher uma vaga na agenda.
Se ele não resolve problemas reais e não gera impacto, a única coisa que você está fazendo é poluir a internet com mais do mesmo.
Agora, imagine criar um conteúdo que se torne uma referência no seu nicho, que fornece recursos práticos e vai direto ao ponto.
Quer um exemplo? Em vez de um artigo “Top 10 Dicas de Saúde”, desenvolva um programa completo, com vídeos, checklist e tutoriais. Torne isso um ponto de referência.
Esses hubs, com conteúdo denso e útil, não só mostram o seu conhecimento, como transformam o seu trabalho em algo essencial para o leitor.
Esse é o tipo de material que faz alguém olhar para o botão de inscrição e pensar: “É claro que eu quero receber mais disso”.
Por que você acha que eu ofereço cursos gratuitos de edição de vídeos na minha plataforma? Por que sou bonzinho? Claro que não! Eu sei que isso vai me beneficiar, pois a troca é mútua: Você aprende comigo e um dos dois cenários vai se tornar realidade:
01 – Você vai me honrar com o fruto do teu trabalho (Dinheiro) comprando um ou mais de meus produtos
Ou…
02 – Você se torna um defensor da minha marca e me indica para outras pessoas que vão comprar de mim futuramente.
Integração Multicanal: Facilite o Caminho até Você
Ter conteúdo de qualidade é bom, mas fazer com que ele circule por todos os canais onde sua audiência está, sem soar apelativo, é uma habilidade.
E não se trata de despejar links aleatórios.
Pense em uma conexão real entre plataformas, onde cada um dos seus pontos de contato online se complementa.
Se você está lançando um episódio de podcast, por que não oferecer uma planilha ou resumo exclusivo daquele episódio?
Não apenas para atrair e-mails, mas para dar à audiência um conteúdo que fortaleça ainda mais o valor do seu trabalho.
O objetivo é criar uma experiência em que o próximo passo — seja a assinatura do seu e-mail, seguir em outra rede, ou acessar um link específico — seja natural e esperado.
Com isso, sua presença online deixa de ser um emaranhado de pontos desconexos e vira uma teia estratégica, onde cada entrada leva o público a uma conexão mais profunda.
A captação de e-mails hoje exige inteligência, propósito e valor.
Estamos em uma era da internet em que só vai sobreviver quem realmente agrega ao invés de apenas “encher a lista”.
O trabalho que você coloca na criação de conteúdo e no entendimento do seu público vale mais que qualquer promessa vazia.
E o que traz valor de verdade é o que transforma assinantes em seguidores fiéis e, eventualmente, em defensores do seu trabalho.
No final, capturar um e-mail é abrir a porta para um relacionamento. E, para quem busca construir algo sólido, essa relação é tudo.
Te vejo em breve
Abraham
💎 Gemas da Semana
🎬[Vídeo] – The Strange Ties Between Trump and the UFC [Patrick Gavia]
Patrick Gavea, meu atual produtor de documentários favorito, acaba de lançar sua última obra. O vídeo é uma verdadeira aula de roteirização, produção, narração e storytelling. É uma experiência audiovisual imersiva. Certamente irei me inspirar para meus próximos vídeos.
📚[Livro] – Democracia, o Deus que Falhou [Hans-Herman Hoppe])
Este é o livro que estou terminando recentemente. Obra mais emblemática de Hans-Hermann Hoppe e propõe uma verdadeira revolução intelectual contra a legitimidade da democracia como entendemos hoje. É uma interpretação econômica e filosófica da História e salienta os incentivos associados aos governos de propriedade privada (monarquia) e de propriedade pública (democracia) visando compreender o crescente expansionismo dos governos.
🎬[Vídeo] – Uma Reflexão para os que ainda se importam [Julio Lobo]
Uma reflexão de Julio Lobo sobre temas importantes.