O ”canhão de mídia” é uma estratégia de publicidade que usa métodos não ortodoxos de quebra de padrão. Ao causar o efeito ”Choque”, se inicia campanha que cumpra um único objetivo: Fazer com que a pessoa/produto/marca se torne uma pauta de conversa pública Essa estratégia foi bastante utilizada por Andrew Tate, um dos homens mais pesquisados do Google nos últimos anos. Conhecido por suas opiniões polêmicas e muitas vezes provocativas, Andrew Tate tem manipulado a mídia e a atenção pública ao fazer declarações polêmicas e provocar discussões na internet. Seja comentando sobre estilos de vida, mandando a real para os homens, falando sobre economia ou questões de gênero, suas afirmações são projetadas apenas para chocar e atrair atenção. Essa tática não apenas mantém seu nome nas pesquisas e discussões, mas também fortalece sua marca pessoal para seu público, que valoriza a franqueza e desafia o politicamente correto. Desse jeito, Andrew Tate não apenas se mantém relevante, mas também consegue ampliar sua base de seguidores e se tornar referência como uma figura influente e de opinião forte. Quando falo de Andrew Tate e de como essa figura controversa cresceu nos últimos anos, parece até que estou falando do próprio Pablo Marçal. Isso acontece porque Marçal foi o primeiro brasileiro a implementar sua estratégia aqui no Brasil, e segundo o próprio Marçal, durante um podcast que participou, ele confessa que usou exatamente a mesma estratégia que Tate para crescer seu nome. Pablo executou com maestria as seguintes fases: Fase 1: [Quebra de Padrão] Pagou várias pessoas para fazerem cortes polêmicos e ficou conhecido por toda a Internet. Pablo Marçal criou em sua comunidade fechada uma espécie de “Campeonato de Cortes”.  Seus seguidores criavam contas no TikTok e Instagram para espalharem esses cortes, e quem tivesse mais visualizações era bem remunerado pelo próprio Pablo. Isso criou uma máquina capaz de espalhar seu nome sem parar. Fase 2: [Canhão de Mídia]  Deixou a poeira subir para ser comentado o máximo possível. O objetivo aqui era espalhar seu nome, não importa se de forma positiva ou negativa. Fase 3: [Consolidação do meme]  O fato de ter viralizado com afirmações ousadas beirando o ridículo causou o efeito ”Meme”. Isso fez com que o inconsciente coletivo associasse sentimentos mistos a respeito de sua imagem. Inicialmente as pessoas sentiam apenas repudia, mas, quando começam a surgir as piadinhas no estilo ‘‘Chuck Norris” causando risadas, abre-se um precedente para mudar o sentimento coletivo em relação a ele. Fase 4: [A Volta por Cima]  Aceitou participar do programa ”Fritada” e receber publicamente todas as críticas. O que ninguém estava percebendo era o objetivo por trás daquilo. Os olhares de dezenas de milhões de pessoas estavam voltados para aquele evento, ao final do evento, Pablo teve a oportunidade de fazer um discurso motivacional e mostrar seu lado mais humano. Fase 5: [A prova concreta]  Essa fase não foi planejada, mas foi a jogada que faltava para consolidar o sucesso de sua estratégia. Durante a tragédia que aconteceu no Rio Grande do Sul na última semana, Pablo, que sempre foi alvo de piadas por falar de prosperidade e dinheiro, foi o primeiro a arregaçar as mangas, entrar pessoalmente na lama e, sem estrelismo, ajudar quem realmente precisava. Incluindo usar sua própria riqueza para salvar vidas. Aqui ele sai de meme a Herói nacional. Fase 6: [Pulso firme]  Deu um ultimato à Rede Globo e mostrou que tem culhões para peitar o sistema.